quarta-feira, 13 de maio de 2015
O mundo religioso-católico
domingo, 21 de abril de 2013
And the Oscars go to..."Passion according to Joseph Socrates"
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Ah Portugal, Portugal...
Para outros tantos, Portugal é um País subdesenvolvido que continua com a arrogância de ser o melhor do mundo....
Para mim, Portugal é um País em vias de desenvolvimento, se este mesmo desenvolvimento não for, como tem sido, travado pela corrupção e pela conversa fácil, (de tasco), alheia à verdadeira situação nacional.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Carta Aberta
Há muito, muito tempo, nos dias depois que Abril floriu e a Europa se abriu de par em par, foi V.Exa por mandato popular encarregue de nos fazer fruir dessa Europa do Mercado Comum, clube dos ricos a que iludidos aderimos, fiados no dinheiro fácil do FEDER, do FEOGA, das ajudas de coesão (FUNDO DE COESÃO) e demais liberalidades que, pouco acostumados, aceitámos de olhar reluzente, estranhando como fácil e rápido era passar de rincão estagnado e órfão do Império para a mesa dos poderosos que, qual varinha mágica, nos multiplicariam as estradas, aumentariam os direitos, facilitariam o crédito e conduziriam ao Olimpo até aí inatingível do mundo desenvolvido.
Havia pequenos senãos, arrancar vinhas, abater barcos, não empatar quem produzisse tomate em Itália ou conservas em Marrocos, coisa pouca e necessária por via da previdente PAC, mas, estando o cheque passado e com cobertura, de inauguração em inauguração, o país antes incrédulo, crescia, dava formação a jovens, animava a construção civil , os resorts de Punta Cana e os veículos topo de gama do momento.
Do alto do púlpito que fora do velho Botas, V.Exa passaria à História como o Modernizador, campeão do empreendedorismo, símbolo da devoção à causa pública, estóico servidor do povo a partir da marquise esconsa da casa da Rua do Possôlo. Era o aplicado aluno de Bruxelas, o exemplo a seguir no Mediterrâneo, o desbravador do progresso, com o mapa de estradas do ACP permanentemente desactualizado.
O tecido empresarial crescia, com pés de barro e frágeis sapatas, mas que interessava, havia pão e circo, CCB e Expo, pontes e viadutos, Fundo Social Europeu e tudo o que mais se quisesse imaginar, à sombra de bafejados oásis de leite e mel, Continentes e Amoreiras, e mais catedrais escancaradas com um simples cartão Visa.
Ao fim de dez anos, um pouco mais que o Criador ao fim de sete, vendo a Obra pronta, V.Exa descansou, e retirou-se. Tentou Belém, mas ingrato, o povo condenou-o a anos no deserto, enquanto aprendizes prosseguiam a sanha fontista e inebriante erguida atrás dos cantos de sereia, apelando ao esbanjamento e luxúria.
No início do novo século, preocupantes sinais do Purgatório indicaram fragilidades na Obra, mas jorrando fundos e verbas, coisa de temerários do Restelo se lhe chamou. À porta estava o novo bezerro de ouro, o euro, a moeda dos fortes, e fortes agora com ela seguiríamos, poderosos, iguais.
Do retiro tranquilo, à sombra da modesta reforma de servidor do Estado, livros e loas emulando as virtudes do novo filão foram por V.Exa endossados , qual pitonisa dos futuros que cantam, sob o euro sem nódoa, moeda de fortes e milagreiro caminho para o glorioso domínio da Europa.
Migalha a migalha, bitaite a bitaite, foi V.Exa pacientemente cozendo o seu novelo, até que, uma bela manhã de nevoeiro, do púlpito do CCB, filho da dilecta obra, anunciou aos atarantados povos estar de volta, pronto a servir.
Não que as gentes o merecessem, mas o país reclamava seriedade, contenção, morgados do Algarve em vez de ostras socialistas.
Seria o supremo trono agora, com os guisados da Maria e o apoio de esforçados amigos que, fruto de muito suor e trabalho, haviam vingado no exigente mundo dos negócios, em prol do progresso e do desenvolvimento do país.
Salivando o povo à passagem do Mestre, regressado dos mortos, sem escolhos o conduziram a Belém, onde petiscando umas pataniscas e bolo-rei sem fava, presidiria, qual reitor, às traquinices dos pupilos, por veladas e paternais palavras ameaçando reguadas ou castigos contra a parede.
E não contentes, o repetiram segunda vez, e V. Exa, com pungente sacrifício lá continuou aquilíneo cônsul da república, perorando homilias nos dias da pátria e avisando ameaçador contra os perigos e tormentas que os irrequietos alunos não logravam conter.
Que preciso era voltar à terra e ao arado, à faina e à vindima, vaticinou V.Exa, coveiro das hortas e traineiras; que chegava de obras faraónicas, alertou, qual faraó de Boliqueime e campeão do betão; que chegava de sacrifícios, estando uns ao leme, para logo aconselhar conformismo e paciência mal mudou o piloto.
Eremita das fragas, paroquial chefe de família, personagem de Camilo e Agustina, desprezando os políticos profissionais mas esquecendo que por junto é o profissional da política há mais anos no poder, preside hoje V.Exa ao país ingrato que, em vinte anos, qual bruxedo ou mau olhado, lhe destruiu a obra feita, como vil criatura que desperta do covil se virou contra o criador, hoje apenas pálida esfinge, arrastando-se entre a solidão de Belém e prosaicas cerimónias com bombeiros e ranchos.
Trinta anos, leva em cena a peça de V.Exa no palco da política, com grandes enchentes no início e grupos arregimentados e idosos na actualidade.
Mas, chegando ao fim o terceiro acto, longe da epopeia em que o Bem vence o Mal e todos ficam felizes para sempre, tema V.Exa pelo juízo da História, que, caridosa, talvez em duas linhas de rodapé recorde um fugaz Aníbal, amante de bolo-rei e desconhecedor dos Lusíadas, que durante uns anos pairou como Midas multiplicador e hoje mais não é que um aflito Hamlet nas muralhas de Elsinore, transformado que foi o ouro do bezerro em serradura e sobrevivendo pusilâmine como cinzento Chefe do estado a que isto chegou, não obstante a convicção, que acredito tenha, de ter feito o seu melhor.
António Maria dos Santos
Sobrevivente (ainda) do Cataclismo de 2011
"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente.
sábado, 9 de julho de 2011
twitter's talk
lol not the kind of kiss you are thinking... lol
it was a simple little kiss.... on her cheek.
It's not like I grabbed her face... and pressed my lips onto hers...
and gave her a deep french kiss... with my tongue pushing way inside my sister's mouth...
feeling every area of her mouth and licking and sucking her tongue....
and then licking her beautiful full lips... teasing them with my tongue...
and then breathing in the sweet air that was coming out of her mouth as we quickened the pace...
and then starting to lick and kiss her face all over, smearing my lips stick on her cute face...
while my hands slowly reached inside her pj's to feel her warm firm breasts....
squeezing them in my hands, massaging them, then, finding her hard pink nipple... and pinching it slightly..
while our tongues danced in our mouths over and over... my spit running down the sides of her mouth....
I place a finger in her mouth and get it all spitty... then wipe it on her nipple.
mmmmm then I start to lick my spit off her nipple... mmm she smells so good...
she's wearing my favorite perfume... I just want to kiss and lick her all over...
now she's touching my breasts.....
im rubbing my clit while shes teasing me... she doesn't know it.... I can't help it.
we know this is so wrong, but we just can't help it. Her scent is driving me crazy.
I want to cum so badly.... my clit is throbbing at my touch
I think she likes making me masturbate for her....
and right when Im about to cum.... she pulls my hand out of my own panties...
and says, NO, let me......
and places her hand inside my little panties and starts rubbing my clit so perfectly...
she knows exactly how to touch me... and tease my clit, as only my twin sister would know...
my body starts to shake hard....
just as I begin to cum, she places her mouth over my breast and starts sucking really hard....
mmmmmmm so goood.... Im cumming so good Kira.... !!!!
she continues gently rubbing and teasing my pussy lips as I cum to her touch.
She slowly stops sucking my nipple and holds me while I finish enjoying my orgasm.
mmmm Now she kisses me on my cheek and says, goodnight. :) XXXOOO Love Kyla & Kira
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Dedicação à Hierarquia Caótica
que aos outros deuses que te precederam
na memória dos homens.
Nem mais nem menos és, mas outro deus.
No Panteão faltavas. Pois que vieste
no Panteão o teu lugar ocupa,
mas cuida não procures
usurpar o que aos outros é devido.
Teu vulto triste e comovido sobre
a 'steril dor da humanidade antiga
sim, nova pulcritude
trouxe ao antigo Panteão incerto.
Mas que os teus crentes te não ergam sobre
outros, antigos deuses que dataram
por filhos de Saturno
de mais perto da origem igual das coisas.
E melhores memórias recolheram
do primitivo caos e da Noite
onde os deuses não são
mais que as estrelas súbditas do Fado.
Tu não és mais que um deus a mais no eterno
não a ti, mas aos teus, odeio, Cristo.
Panteão que preside
à nossa vida incerta.
Nem maior nem menor que os novos deuses,
tua sombria forma dolorida
trouxe algo que faltava
do número dos divos.
Por isso reina a par de outros no Olimpo,
ou pela triste terra se quiseres
vai enxugar o pranto
dos humanos que sofrem.
Não venham, porém, 'stultos teus cultores
em teu nome vedar o eterno culto
das presenças maiores
ou parceiras da tua.
A esses, sim, do âmago eu odeio
do crente peito, e a esses eu não sigo,
supersticiosos leigos
na ciência dos deuses.
Ah, aumentai, não combatendo nunca.
enriquecei o Olimpo, aos deuses dando
cada vez maior força
p'lo número maior.
Basta os males que o Fado as Parcas fez
por seu intuito natural fazerem
nós homens nos façamos
unidos pelos deuses.
Ricardo Reis
terça-feira, 24 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Eternidade
impostos e devolutos,
e procurar-me.
Ser a criança que observa
e se procura
na intensidade da sua procura;
nos genes astrais da continuidade,
nos espectros da morte e da vida.
No ser e não ser,
num limbo que se recicla
numa força
que sempre
se minimiza.
Ser o futuro
mesmo que ainda não exista.
Na eternidade vou colocar meu poleiro.
No mundo me diluo.
12/11/2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Morte a Salazar!
A incestuosa vida política nacional, resume-se em uma só palavra. Inconsciência. (criancisses).
Deixai vir a mim as criancinhas! (do Novo Testamento).
(Estupidez, como é natural na condição humana)
Sem dúvida que, escondendo-nos nas costas das Conquistas, da Inquisição, do Estado Novo, da Democracia e de muitas outras coisas adjacentes, criámos um mundo de IDIOTAS, que, apesar de terem tudo na sua mão pois estão a par do que se passa no resto do mundo pois a informação só a não tem quem a não quer, continuamos a ser um país dum terceiro mesmo mundo, não nos dando conta que a realidade não é demagogia, mas um encontro com a realidade a que sociavelmente somos aceites.
Temos, ao longo dos tempos, perdido valores irrecuperáveis.
Deixemos de ser crianças! Em Psicologia representa matar o pai.
Matai Salazar!
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
Agains all odds
Apesar de gostar duma política socialdemocrata ,mas, sem compreendê-lo, os percussores não serem pessoas capazes, política, social, e pessoalmente, o que mais gostei nestas eleições, foi que em vez de ser, como as espectativas, o BE a ser a terceira força política, foi um outro (partido político), a saber e muito bem utilizar a instabilidade polític a, acabando, a meu ver muito bem, por ser um elemento determinante para o futuropolítico português. Deixem-se demerdas e façam política! Agora o Sr Paulo Portas é uma pessoa determinada. Esqueçam o Louçã e os os seus nacionalismos. O sr Francisco Louça vive de ilusões, Pensava que podia ser primeiro ministro. O povo é tão intransigente! E sempre tão arrogante!
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Digam lá se é ou num é...?
Em tempos tive oportunidade de me apaixonar por uma bichinha da selva baiana. Voc^, com ma nêguinha, qé mais qér?
Mensagem para aqueles que não adoram outro mas o não sê-lo em simesmo.
Tenho muita penas de vos dizer que o Deus de Jacob e depois, cristo e Maomé e ainda os antecessores indios; a Shiba e muitos outros, NÃO EXISTE.
O que existe e o que não existe. ...
O QUE EXISTE É NADA.
Ao longo dos tempos, em que, a superstição e o medo, incutido pelos mais poderosos e pela ignorância, absorveu as vidas dos incautos, que, por natureza, não se lhes podia pedir outra coisa, tem-se revelado nas nossas vidas, como se de realidade se tratasse.
Ao longo das nossas milhares de vida, o rei, o Papa, as Inquisiçoes moldaran-nos.
Na actualidade politica, a insatisfação é o inculto imposto. ! ? ...
CONHEÇAM-SE EM SI MESMOS e compreendam que nada existe a não ser a maneira como olham o mundo.
Rejuvenesçam-se! Procurem descobrir-se em si mesmos.
Não olhem ao que vos digam! Falar é uma maneira de qualquer um se esconder.
A realidade é aquilo que nós fazemos dela. Subjectiva e distante.
Os outros são os nossos equidistantes. Particulares e Ausentes.
domingo, 22 de março de 2009
Isto é Papa?
Como tal tenho relevado absorver uma cultura que seria a mais determinada; cujos valores seriam ditados por uma política de benevolência, pois Cristo,apesar de não o ter premeditado, incutiu no nosso mundo uma forma diferente de viver; mais democrática, mais hipócrita, mais natural, mais inconscientemente inconsciente.
Senão vejamos. Isto é: Este ocidentalPAPA, "Bento XVI", décimo sexto, pois já tinha havido muitos a fazer asneiras e se calhar este escolheu este nome para os desculpar, ou então porque nasceu numa altura imperialística e, frustrado, não se quer livrar da sua infância, acabando por ser, ele mesmo, o pior, quase o auto-proclamado, sendo ele que no tempo do para todos tão afamado João Paulo II, porque o primeiro foi abatido pois era demasiado livre, actual e presente, dizia eu, este vaidoso deste papa que esteve 16 anos à espera do poleiro e que para o obter lutou vivamente, tentando modificar a Verdade, mesmo quando a Verdade é subjectiva.
...mas vamos esquecer tudo isto e vamos concentrar-nos naquilo que ele disse em África:
Não aceita que se tomem providências para diminuir o flagelo da SIDA.
Agora digo eu: Para quem se obrigou a ser celibatário e que compreensivamente não se conforma pois não há animal nem homem que não sinta em si a
configuração da Natureza; por favor, esqueça os seus traumas e deixe os outros, controladamente, satisfazerem os seus desejos, que são tão naturais como tão natural é a Natureza que os criou!.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
domingo, 25 de janeiro de 2009
FERNÃO DE MAGALHÃES
HERÓI OU TRAIDOR?
Fernão de Magalhães, cuja naturalidade ainda não está esclarecida, pois, para uns é natural de Sabrosa, para outros é natural de Ponte da Barca e, para outros ainda, é natural do Porto, terá nascido no ano de 1480. Isto porque quando foi para a Índia, em 1505, tinha vinte e cinco anos. Esteve na Índia, como disse, donde regressou em 1513 e esteve também em África, após aquela data. Participou ou não na tomada de Azamor? Talvez sim! Talvez não! A verdade é que a tomada daquela praça se verificou em Setembro de 1513 e a (má) referência que lhe é feita reporta-se a 1514. Embora alguns escritos lhe queiram atribuir, tanto num como no outro lugar, as honras de grande marinheiro e valente soldado, a verdade é que nas crónicas da época apenas é referido, muito brevemente, em três episódios. Dois por boas acções, na Índia, e uma por maus motivos, em África. Quanto aos feitos na Índia limitam-se a, por duas vezes, juntamente com outros marinheiros, socorrer Francisco Serrão a quem evitaram a morte. Este Francisco Serrão, de quem ficou amigo, foi o descobridor das Ilhas Malucas e quem convenceu Fernão de Magalhães que aquelas ilhas estriam já na parte castelhana resultante da partilha do mundo pelo Tratado de Tordesilhas.
Em África, as únicas coisas que se sabem de Magalhães são:
- Foi ferido por uma lança, numa perna, que o deixou a mancar até ao fim dos seus dias;
- Foi quadrilheiro-mor (fiel depositário), juntamente com outro português, do saque efectuado numa vila próxima de Azamor. Esse saque era constituído, no essencial, por duas mil cabeças de gado. Segundo as crónicas da época, Magalhães e o companheiro, terão vendido aos mouros quatrocentas cabeças do gado à sua guarda. Magalhães, sem licença do Capitão-Mor de Azamor, veio a Portugal e requereu a D. Manuel o aumento da sua moradia em 200 reis (dois tostões). Moradia era a “pensão de alimentos” que o rei pagava a quantos serviam na sua corte e o seu valor era estabelecido em função da nobreza ou fidalguia de cada um ou dos feitos realizados ao serviço do rei. Era um costume de tal modo estabelecido que a nobreza, fidalguia ou valor eram aferidos pelo valor da moradia. Era uma honra que todos disputavam e o seu aumento era sempre motivo de orgulho e vaidade para o beneficiário. Quanto mais alta a moradia maior o conceito que se fazia do seu titular. Porque razão pediu Magalhães este aumento de moradia é uma incógnita. Terá feito alguma acção digna desse aumento? Os relatos da época não referem nada. Terá sido apenas pelo facto de ter sido ferido? É uma hipótese que não pode ser posta de lado. O certo é que D. Manuel, que entretanto soube da sua vinda sem licença e do caso do desvio do gado, recusou o aumento que Magalhães requeria. Este, argumentou que não era verdade e que esse boato fora posto a correr por pessoas invejosas que lhe queriam mal. O rei mandou-o a Azamor e que lhe trouxesse provas de que era inocente daquela acusação. Magalhães foi a Azamor e voltou com as provas da sua inocência, porém, o rei não acreditou nas provas exibidas e manteve a recusa do aumento da moradia. Segundo outra versão da época D. Manuel acederia a um aumento de apenas 100 reis (um tostão) que Magalhães recusou. Magoado e ofendido, Magalhães, que já teria esta ideia a germinar há muito tempo na cabeça, pensou em vingar-se do que ele considerava uma afronta. Desnaturalizou-se, juridicamente, português e dirigiu-se a Castela onde persuadiu a corte castelhana de que as ilhas das especiarias (Ilhas Malucas) estavam situadas na parte castelhana e Portugal estaria nelas por usurpação. Para o provar oferecia-se para chegar até àquelas ilhas navegando por Ocidente, fora dos mares de domínio português. Foram levadas a cabo inúmeras tentativas de o demover daquela empresa que iria, inevitavelmente, lançar a discórdia entre os reinos de Portugal e Castela. Magalhães hesitou mas acabou por falar mais alto a promessa de avultados lucros prometidos pele corte castelhana. Magalhães fez a viagem que acabou por culminar na circum-navegação da terra, mundialmente aclamada. Passou nas Ilhas Malucas, então na posse dos portugueses, mas que a partir daí passaram a ser reivindicadas pelos castelhanos. Portugal não abdicou das ilhas que descobrira e tomara muitos anos antes e esteve por um fio a guerra entre portugueses e castelhanos. Foram necessários redobrados esforços diplomáticos para evitar a guerra entre os dois reis que, por sinal, até eram primos. As relações entre os dois reinos ficaram tensas e só no reinado de D. João III se acalmaram porque este pagou, humilhantemente, uma avultada quantia para continuar na posse daquelas ilhas que afinal se situavam na parte portuguesa.Que Magalhães efectuou um feito extraordinário não resta qualquer dúvida. Que Castela teve motivos para as enormes aclamações que foram feitas, também não resta qualquer dúvida. Que o mundo celebre ainda hoje o feito extraordinário daquela época, tudo bem, mas terá Portugal motivos para se associar a estas manifestações? Não as pode ignorar certamente mas daí até entrar na procissão de enaltecimento vai ainda alguma distância. Magalhães era Português sim senhor, mas um português que cometeu para com a sua pátria o pior dos crimes que se podem cometer – a traição. Se esta traição não tivesse outras consequências para além do lucro pessoal que Magalhães buscava, até seria desculpável a euforia em torno dele. Mas, Magalhães, cometeu conscientemente um crime, o pior dos crimes, sabendo que podia, como quase aconteceu, arrastar Portugal para uma guerra cujas consequências eram imprevisíveis. Por muitos elogios que o mundo lhe faça, Magalhães foi, para Portugal, um traidor que se vendeu pelo ridículo valor de dois tostões.
Vila Real, 21 de Dezembro de 2008.
Amadeu Carvalho
Este artigo baseou-se nas seguintes obras: Grandes Viagens Marítimas de Luís Albuquerque e Francisco Contente Domingos
Historia do Descobrimento e Conquista da Índia Pólos Portugueses de Fernão Lopesde Castanheda Décadas da Ásia de João de Barros Commentarios do grande Afonso Dalboquerque Damião de Góis in História de Portugal por António de Morais Silva
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Guerra,... ou Paz?
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Sem moralidade
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
A Criação de Impérios
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
A Criação do Mundo
Pois bem, Moisés tem de ter sido pedreiro, porque, em menos tempo, produziu duas tábuas, com Dez Mandamentos, Dez Leis de Sobrevivência que todos seguimos até ao dia de hoje.
Pois hoje, Moisés não sabe que, apesar disso, diariamente e em todo o mundo, se criam aos milhares, leis que são cumpridas, em que é já o computador que as propaga, em que, não tenho dúvida, sendo da mesma maneira preconceituosas, o seu cumprimento é obrigação e autoridade...!?
Há umas certas conformações a que somos obrigados.
Há uns certos conceitos, conceito ou preconceito, que nos são determinados.
Há uma certa intemporância que nos acompanha.
Há um certo passo firme a que temos que estar determinados.